Faberrebe
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- Categoria: cepas
Essa é uma variedade utilizada na produção de vinhos brancos elegantes e refrescantes. Que tal conhecê-la?
A Faberrebe nasceu em 1929, e quem a criou foi Georg Scheu (1879-1949), na Alemanha, mais precisamente em uma cidade chamada Alzey.
A Faberrebe foi originalmente chamada de Faber, até porque o sufixo “rebe” significa “videira”, em alemão. Então, Faberrebe seria a “videira de Faber”. Fica a pergunta: quem é Faber? Faber é uma palavra em latim, que corresponde a Smith, em inglês. A cepa foi batizada com esse nome em homenagem a uma pessoa chamada Karl Schmitt, que hospedou as primeiras vinhas experimentais dessa variedade.
E como é, afinal, a Faberrebe? É uma variedade que gosta de climas frios, amadurece cedo, e que proporciona altos rendimentos. Os cachos costumam ser de tamanho mediano a grande, e com tendência a serem relativamente compactos. Os bagos da uva são de tamanho médio, redondos quase ovalados, e de cor verde-amarelada.
O vinho elaborado com a Faberrebe é de cor dourada, ou verde-amarelada, e apresenta uma pronunciada acidez, com um caráter frutado que remete sutilmente aos aromas e sabores da Moscatel.
Levemente adocicado, o vinho produzido com a Faberrebe foi particularmente popular na década de 1970.
Na década de 1980, a Faberrebe ocupava mais de 2.000 hectares, na Alemanha. No final do século 20, ocupava cerca de apenas 1.000 hectares. E dez anos depois, esse número havia caído pela metade, de novo.
Mesmo assim, é possível perceber um certo movimento a favor dessa cepa, no país, como vem acontecendo com muitas cepas de menor representatividade, ao redor do mundo.
Na Alemanha, as regiões que mais concentram as vinhas de Faberrebe são Rheinhessen, Pfalz e Nahe. Fora da Alemanha, a Faberrebe também está presente, em pequenas quantidades, no Reino Unido.
Essa é uma uva interessante para o paladar brasileiro, pois o vinho à base de Faberrebe harmoniza muito bem com peixe cozido em leite de coco e temperos fortes, como curry, mas também como coentro e azeite de dendê. Então, combinar esse vinho com moqueca de peixe pode ser uma grande ideia, para uma boa refeição. Que tal?
Uma curiosidade: algumas fontes afirmam, incorretamente, que a Faberrebe nasceu do cruzamento entre as cepas Pinot Blanc e Silvaner. Na Verdade, a Faberrebe é fruto do cruzamento entre a Pinot Blanc e a Müller-Thurgau. Para ler mais sobre a Pinot Blanc, clique aqui. E, se quiser saber mais sobre a Müller-Thurgau, clique aqui.
O bom do mundo dos vinhos é nunca acabar de conhecê-lo...
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