Málaga
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Na Espanha, em Andaluzia, Málaga é uma cidade encantadora, assim como seus vinhos.
Diz a história que, em 1224, o rei da França Filipe Augusto organizou a "Batalha dos Vinhos", na qual estavam os mais prestigiados vinhos da época, provavelmente o primeiro concurso de degustação do qual se tem registro. E, durante esse encontro, o vinho de Málaga foi nomeado como o Cardeal dos Vinhos.
Os vinhos da denominação de origem Málaga são produzidos, principalmente, a partir das uvas Pedro Ximénez (famosa também pelos Jerez) e Moscatel. Se quiser ler mais sobre Moscatel, clique aqui.
Esses vinhos podem ser tranquilos, sem adição de aguardente vínica, sendo secos ou doces (produzidos com uvas muito maduras, ou até mesmo desidratadas).
Mas, os vinhos de Málaga mais conhecidos e reconhecidos são os fortificados, aqueles produzidos com a interrupção da fermentação, pela adição de aguardente de uva.
Dependendo de quando o álcool é adicionado, e se este vem de uvas frescas ou secas, diferentes tipos de vinho Málaga fortificados são produzidos:
Vino Dulce Natural, obtido com o mosto de uvas frescas e fermentação interrompida com aguardente
Vino Maestro, produzido com o mosto de uvas frescas, e fermentação muito lenta e incompleta, com a adição de álcool acontecendo antes do início do processo
Vino Tierno, a partir do mosto de uvas secas, com alta concentração de açúcar, e fermentação interrompida pela adição de aguardente
A tradição vinícola de Málaga também dá diferentes nomes aos vinhos, de acordo com o tempo de envelhecimento de cada um deles:
Pálido, envelhecido até 6 meses
Noble, com um período de 2 a 3 anos de envelhecimento
Añejo, com 3 a 5 anos de envelhecimento
Trasañejo, quando o envelhecimento é superior a 5 anos
Uma característica marcante nos vinhos de Málaga é a variedade de cores. Teoricamente, quanto mais envelhecidos, mais escuros. Mas outro fator também é fundamental na influência sobre a cor: a adição de um xarope, elaborado com o próprio mosto do vinho, reduzido com o calor, em banho-maria ou não. E, esse processo também leva a uma classificação dos vinhos:
Dorado, sem xarope, com a cor que varia de dourado a âmbar, resultante somente do envelhecimento
Rojo Dorado, com adição de até 5% de xarope, e cor âmbar, com reflexos avermelhados e dourados
Oscuro, com adição de 5 a 10% de xarope, com cor variando entre âmbar escuro e mogno escuro
Color, com adição de 10 a 15% de xarope, esses vinhos vão de mogno escuro até ébano
Negro, acima de 15% de xarope, e cores que vão de ébano a preto
A grande variedade de cores, aromas e sabores dos vinhos de Málaga é um convite para novas descobertas no mundo dos vinhos.
Esses são vinhos ideais para serem apreciados com aperitivos, queijos azuis, foie gras, e também com sobremesas, inclusive as elaboradas à base de chocolate.
E, como ingrediente, Málaga é famoso pelos deliciosos sorvetes desse sabor...
Deu água na boca? Experimente.
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