Rússia
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O país, chamado oficialmente Federação Russa, é muito mais conhecido pela vodca do que pelo vinho. Será que o país que destila grãos e tubérculos, também fermenta uvas?
Sim, fermenta. E para a surpresa de muitos, a antiga União Soviética, da qual a Rússia fazia parte, era, no final da década de 1950, o sétimo produtor de vinho, segundo a OIV.
A Rússia, de fato, produz vinho desde a Antiguidade, assim como seus vizinhos. No século 7 a.C., colonos gregos estabeleceram aldeias nessa região, e produziram alguns dos primeiros vinhos do mundo!
No final do século 19, vinícolas russas produziam espumante para atender à demanda da aristocracia do país, que apreciava os vinhos de Champagne.
Durante o regime comunista, a indústria russa do vinho viveu políticas que privilegiavam a quantidade em detrimento à qualidade, com cientistas desenvolvendo cepas resistentes a geadas, e de alto rendimento.
Mas esse quadro está se revertendo, lentamente, desde a década de 1990. De lá para cá, por exemplo, vários produtores perderam suas licenças por fabricarem produtos de má qualidade. E a Rússia tem assistido o surgimento de vinícolas de boa qualidade, que adotaram técnicas e padrões europeus.
A maioria das vinícolas e dos vinhedos da Rússia, talvez 80%, encontram-se em Krasnodor Krai, nas proximidades e na costa do Mar Negro.
A maioria dos vinhos que se produz na Rússia, talvez 80%, tem um caráter adocicado. Ainda é evidente a preferência, dos russos, pelos vinhos mais doces.
E a maioria dos vinhos que se produz na Rússia, talvez também 80%, não é bem vista, segundo padrões de qualidade estabelecidos pelo mercado internacional. Os maiores problemas, segundo especialistas, está na acidez elevada, e na falta de gosto.
Mas existe um horizonte promissor. Existe, sim, uma minoria de vinhos que é muito bem feita. E existem profissionais do mundo do vinho reconhecendo esse fato, e ajudando a divulgá-lo.
Vale lembrar um desafio adicional, enfrentado pelos produtores russos: os invernos, rigorosíssimos, podem chegar até a destruir as vinhas.
Certamente ainda são incomuns, os vinhos russos. Talvez até por isso mesmo, são muito interessantes! Então, um brinde!
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